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Você sabia que é possível conseguir psicólogo gratuito? A saúde mental está ganhando mais atenção ultimamente.
Embora estejamos falando mais sobre isso, muitas pessoas ainda acham difícil acessar serviços como terapia ou consultas com psiquiatras.
Neste guia, vamos falar sobre como você pode encontrar ajuda psicológica e psiquiátrica sem custo, vamos mostrar as opções disponíveis para quem precisa de apoio mas não pode pagar por ele. Boa leitura!
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Conheça o Sistema Único de Saúde (SUS)
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem um setor dedicado ao cuidado da saúde mental chamado RAPS e oferece psicólogo gratuito.
Criado em 2017, graças aos esforços contra a internação compulsória e seguindo a Política Nacional de Saúde Mental, em vigor há mais de duas décadas.
O RAPS busca oferecer um tratamento acolhedor e integrado à comunidade para quem enfrenta transtornos mentais ou problemas com drogas, promovendo a inclusão social ao invés do isolamento.
Esse sistema é organizado em seis áreas principais, incluindo atendimento básico e especializado, urgências, hospedagem temporária, atendimento hospitalar e programas de reintegração social, garantindo suporte variado e completo. No caso, a RAPS é formada pela UBS/ESF, o CAPS, UA, SRT, PVC, UA, SAMU, os Hospitais Geiras e também Centros de Convivência e Cultura.
Para encontrar a unidade do RAPS mais próxima, você pode acesse o mapa disponível online ou também ir em uma das unidades citadas acima.
Psicólogo gratuito na UBS
Geralmente, se você busca ajuda para questões de saúde mental sem custos, a Unidade Básica de Saúde (UBS) é o ponto de partida.
Primeiro, você agenda um horário com um médico clínico geral. Durante a consulta, explique seus sentimentos e situação para solicitar um redirecionamento para um psicólogo gratuito.
Com o encaminhamento em mãos, marque a consulta com o psicólogo na mesma UBS, se houver um disponível.
Lembre-se que a espera pode ser demorada devido à grande procura e à pouca disponibilidade de especialistas em saúde mental nas UBSs.
Se o clínico ou psicólogo avaliar que seus problemas são de moderados a graves, eles podem te encaminhar para um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para um suporte mais especializado.
CAPS
Os CAPS são locais onde profissionais de várias áreas, como psicólogos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e terapeutas, trabalham juntos para cuidar da saúde mental das pessoas de forma completa.
Eles oferecem diferentes tipos de serviços, dependendo das necessidades de cada um.
Alguns CAPS atendem pessoas de todas as idades com problemas mentais sérios, outros são especializados em crianças, adolescentes ou em problemas relacionados ao uso de álcool e drogas.
Alguns têm a opção de passar a noite. Se você precisa de ajuda, pode ser encaminhado por um médico ou ir diretamente a um CAPS para uma triagem.
Lá, você vai encontrar um profissional que vai te acompanhar de perto, ouvir sem julgar e ajudar a planejar o tratamento. Esse processo inclui conversas sobre as melhores abordagens, como medicação ou apoio social, e organizar os próximos passos e consultas.
Redução de riscos de suicidio
O médico Marcelo Kimati, com doutorado em Ciências Sociais e experiência como coordenador de saúde mental do Ministério da Saúde, destaca a importância dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no tratamento contínuo de saúde mental.
Ele explica que para pessoas que sofrem de transtornos mentais crônicos, não é viável depender apenas de atendimentos de emergência ou unidades de pronto atendimento.
Apesar de ser crucial uma boa intervenção em momentos de crise, esses transtornos demandam um cuidado constante e abrangente, incluindo a detecção precoce de riscos de suicídio, e não se limitando somente ao tratamento com medicamentos.
Ao fim da primeira consulta no CAPS, o profissional de saúde vai explicar os próximos passos do tratamento e marcar a próxima consulta.
Nesse retorno, serão dados mais detalhes sobre o tratamento, avaliando a necessidade de acompanhamento psiquiátrico, medicação, ou mesmo suporte de assistência social, se for o caso.
Os CAPS têm se mostrado eficazes, com municípios que possuem pelo menos um centro registrando uma queda de até 14% no risco de suicídio, conforme dados do Ministério da Saúde em 2018.
Contudo, apesar dos resultados positivos, os CAPS representam um custo elevado comparado à manutenção de hospitais psiquiátricos tradicionais.
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